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Estiveram reunidos nessa manhã de terça feira (20) os afiliados da Associação do Desenvolvimento do Vale do Rio Itapicuru Mirim (ADVRIMI), que tem como presidente o senhor Antônio Paulo Oliveira Filho, conhecido como Antônio Grande.
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Associados e presidente pedem providências
Na assembleia ficou definido o pedido de paralisação das obras da adutora do sisal que levará água da barragem local suprindo o abastecimento da região sisaleira. Porém segundo a associação, desde a inauguração da represa em 2001 que os moradores pedem a implantação de um projeto de irrigação no lugar onde beneficiará em primeira mão os agricultores e produtores rurais de Pedras Altas, mas os pedidos não foram atendidos. 
A barragem está cheia e poderia está sendo mais bem usada em benefício dos moradores locais
No dia 23 de outubro de 2009 foi realizada uma audiência pública sobre o uso da barragem que tem capacidade para 39 milhões de litros de água, onde foi novamente reforçado o pedido e nada foi feito, causando a indignação da ADVRIMI, o presidente da associação afirmou que nem um dos pedidos foram acatados, como um motor bomba e dois mil metros de canos solicitados desde o ano de 2007, onde os produtores rurais acreditam que diminuirá o custo com alimentação de animais e sobrará dinheiro para aplicar em uma melhor qualidade de vida dos moradores da zona rural. Outra reunião aconteceu no dia 14 de setembro de 2010 na sala de reuniões do gabinete da Secretaria de Agricultura Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI) referente a utilização dos recursos hídricos abastecido pelo Rio Itapicuru Mirim de onde deveria sair a irrigação, “ não somos contra o projeto da adutora, mas contanto que o nosso saia primeiro, o mais importante é beneficiar a comunidade”, disse Antônio Grande em entrevista ao FR, “todas as barragens são construídas com quatro finalidades, o abastecimento humano, de animais, irrigação e outras finalidades como indústrias” continuou. O presidente indagou que os moradores da zona rural estão sofrendo com a pobreza e os poderes municipais, estaduais e federais não olham para a situação “é relato comum ver nossos jovens precisarem sair para arriscar a vida em outras localidades e quando não se sabe que esta sepultado ou encarcerado muitos retornam marginais por falta de condições de sobreviverem em sua terra, onde estamos brigando pelo desenvolvimento para que isso não venha acontecer”, finalizou.
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Agricultores pedem que a obra seja paralisada
O senhor Noel Cristino Carneiro, produtor rural, 71 anos defendeu a rapidez na implantação da irrigação “não sou mais agricultor, sou sofredor, se jogar um canal de água resolve os problemas, os animais sentem o cheiro da água e ficam berrando isso é duro” completou. Revoltado o senhor Francisco Esmael dos Santos, 60 anos, culpou os políticos “nós temos o Governador, Senadores, Deputados e Vereadores que precisam avisar o que esta acontecendo e a prefeita onde esta? Tem que cobrar por nós”.
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Morador mostra indignado os valores cobrados pela Embasa
Outro associado pediu apoio dos políticos, senhor Osvaldo de Jesus Raposo, 42 anos, produtor rural, “eu gostaria que a prefeita e os vereadores do município acompanhassem de perto a associação e cobrasse a irrigação de Pedras Altas para melhorar a vida do povo” disse. Outra reclamação é sobre o valor das contas de água, “referente a tarifa da Embasa e a taxa progressiva (após o consumo mínimo de dez mil litros de água), em 2009 quando foi implantado o sistema tinha o custo de R$ 16,24 e no dia 23 de outubro de 2009 na audiência pública a Embasa se comprometeu a rever esta situação, no último mês de agosto o custo da tarifa já era 40 % maior e a progressiva sofre um acréscimo de 180% a cada mil litros consumidos” disse Waldick Lima de Santana.
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Texto e fotos: Folha Regional e FR Notícias
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