O ditado popular diz que coração de mãe sempre cabe mais um, será que cabe mesmo? A prefeita de Capim Grosso foi apelidada durante a campanha de 2008 com o título de "mamãe" e vem tentando fazer juz ao nome. Já na campanha, a prefeita Lydia contou com o apoio de todos os ex-prefeitos de Capim Grosso até então: César, Pinheiro e Paulinho. Além destes aderiram ao grupo de apoio alguns antigos adversário políticos: Sivaldo (que se tornou vice-prefeito), os ex-vereadores Edelzo e Josefa Iodália, o ex-vice-prefeito Sissi Machado e muitos outros. Apesar de ter conseguido reunir tantas lideranças políticas em torno de sua candidatura, Lydia Fontoura perdeu a eleição com a maior margem já registrada nas eleições para prefeito de Capim Grosso.
Após a cassação de João Dias, Lydia se tornou prefeita e conseguiu o apoio de mais alguns adversários como os vereadores Helga Oliveira e Manoel Fernades (Manezão). Como um coração de mãe não pode cometer injustiças, a prefeita enfrentou muita dificuldade para tentar acomodar os antigos e os novos aliados nos cargos, contratos e vantagens que a prefeitura podia oferecer. O início da gestão em agosto de 2010 foi marcado por muitos conflitos internos e mal-estar entre antigos e novos companheiros. O ex-prefeito Paulo Ferreira que não fora agraciado com cargos para as pessoas mais próximas dele acabou ameaçando um rompimento ainda não anunciado publicamente. Também o vereador Jamilton teria ficado chateado com a falta de espaço após haver facilitado a posse de Lydia no prazo mais curto possível, dificultando a obtenção de uma liminar que poderia manter João Dias no cargo por mais tempo.
Levando em consideração o resultados das últimas eleições e as baixas sofridas no último ano, O grupo político liderado por Pinheiro sabe que precisa cooptar mais apoio a fim de tentar garantir a reeleição de Lydia em 2012. O vereador Ednon Queiróz, representante de uma das maiores famílias de Capim Grosso foi o alvo escolhido. Conforme fala da própria prefeita, ela perdeu o apoio de muitos seguidores devido a atuação do vice-prefeito Sivaldo. Para compensar o prejuízo seria necessário atrair pessoas com mais habilidade política para dar apoio ao seu governo. Contudo, a adesão do vereador Ednon pode trazer novos problemas para Lydia.
Os eleitores de Ednon vão naturalmente demandar algumas vantagens que precisarão ser atendidas para que o apoio do vereador se converta em votos para Lydia em 2012. Como todos os cargos já estão preenchidos, alguém vai precisar sair para dar espaço aos que estão chegando. Esta complicada matemática política não consegue deixar todo mundo contente e ja há especulação sobre quem seria a bola da vez. Alguns apostam que Sivaldo não integrará a chapa majoritária em 2012. O grupo de Pinheiro estaria então sendo reconstituido como o antigo Grupo da União com a famílias Queiróz e Ferreira dando apoio à prefeita Lydia.
Para o grupo de Paulo Ferreira, Sivaldo teria sido o causador dos desentendimentos ao tentar agir como se fosse ele o prefeito e não Lydia. A indicação dos secretários atendeu mais aos novos aliados que aos antigos apoiadores de Pinheiro, Paulo e Lydia. Para que Paulinho volte a militar no Grupo de União, a prefeita precisaria recompor seu secretariado, retirando nomes indicados por Sivaldo para que as vagas fossem ofertadas a Paulinho. Conforme uma fonte, o vice-governador Otto Alencar já teria solicitado a Paulo Ferreira que aguardasse por uma recomposição com Pinheiro e Lydia enão tentasse candidatura própria como oposição no próximo pleito. Resta saber se após a conclusão do processo de cassação de João Dias a sintonia entre Lydia e Sivaldo se manterá igual ou se acontecerá um rompimento. Algo dado como certo por muitos será a ausência de Sivaldo na chapa de Lydia em 2012.
Como na política de Capim Grosso quase nada é certo e duradouro, teremos que aguardar um pouco mais para saber se bichos de espécies tão distintas conseguirão conviver juntos como na Arca de Noé. Num coração de mãe pode sempre caber mais um porém, na prefeitura há limites.
FONTE. Capim Grosso NET
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