terça-feira, 30 de agosto de 2011

AVC mata mais de 200 mil pessoas por ano no Brasil

Um lado do corpo paralisado, de repente: a advogada Maria Barros estava na academia de ginástica quando sofreu um derrame: “Me senti mal, fui pegar um copo de água e não consegui”. Ela percebeu: “Falei que estava tendo um AVC. Não me pergunte como, mas eu sabia”. O AVC é uma disfunção que ocorre em determinada área do cérebro: é quanto as artérias interrompem o fornecimento de sangue ao cérebro ou uma delas se rompe. Em cerca de 80% dos casos, o AVC é "isquêmico", classificação do entupimento da artéria que impede a chegada do sangue às células nervosas. Nos outros 20% dos casos, o AVC é "hemorrágico": as paredes de artérias se rompem, inundando o cérebro de sangue.
O AVC da advogada foi isquêmico. Em menos de meia hora, Maria estava sendo atendida e escapou de virar parte de uma triste estatística. O derrame, só no Brasil, mata 250 mil pessoas por ano. O mais terrível é que milhares de mortes poderiam ser evitadas.
O acidente vascular cerebral é a doença que mais mata no Brasil, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Atualmente, cinco milhões de pessoas no mundo morrem de derrame cerebral. O neurologista Bernardo Liberato, que atendeu Maria, explica que a rapidez em procurar ajuda médica é essencial: “Não pode esperar que melhore sozinho. Muitas vezes é uma situação traiçoeira. A pessoa tem que ir a um hospital”.
Mas quem sofre um derrame, às vezes não tem condições de pedir ajuda. Por isso é importante reconhecer as características de um AVC, para poder ajudar à vítima. Os sinais mais comuns são dificuldade súbita de falar, dificuldade de mexer ou sentir um lado do corpo e a perda da visão. “Tem um início súbito. Você está normal e de repente perde uma das funções”, explica Bernardo Liberato.
Os fatores de risco começam com pressão alta. “Pressão alta, diabetes, fumo, obesidade, sedentarismo”, enumera o médico.
Como evitar um AVC? “Acompanhamento médico regular, não fumar, controlar diabetes e pressão alta”.
Três anos depois, Maria está quase totalmente recuperada. Já até voltou à academia: “Faço 50 minutos de esteira e 45 de musculação”.
Mas reconhece: não é fácil. "Ainda é uma caminhada".
Fonte: Globo. com

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